Verdades e Mitos
Confira aqui, verdades e mitos do mundo automotivo!
Confira aqui, verdades e mitos do mundo automotivo!
Os mais velhos faziam muito isso! Chegava na descida e a marcha rapidamente era mudada para para o neutro. Será que isso realmente funciona/funcionava?
Veja a explicação dos nossos especialistas:
Depende do tipo de veículo que você tem e, principalmente, da sua época de fabricação. Entenda:
Carros Antigos (com carburador)
Antigamente, quando os carros eram equipados com carburador, a prática de colocar o veículo em ponto morto (a famosa "banguela") em descidas realmente poderia gerar uma pequena economia de combustível.
Por que isso acontecia? O carburador era responsável por misturar ar e combustível e, quando o carro estava em ponto morto e o motor em marcha lenta, ele recebia uma quantidade mínima de combustível apenas para se manter ligado. Ao descer embalado, o motorista não precisava acelerar, e o consumo era reduzido em comparação a descer engrenado e freando, onde o motor continuaria injetando mais combustível.
Carros Modernos (com injeção eletrônica)
Com a evolução da tecnologia automotiva, surgiram os sistemas de injeção eletrônica, presentes na grande maioria dos veículos fabricados a partir da década de 90. E é aqui que a história muda completamente.
A injeção eletrônica é um sistema inteligente que otimiza o consumo de combustível. Ela monitora diversas informações (velocidade, rotação do motor, posição do acelerador, etc.) para injetar a quantidade exata de combustível necessária.
Quando você está com o carro engrenado em uma descida e não está acelerando (usando o freio motor), a injeção eletrônica entende que o motor está sendo impulsionado pelas rodas. Nesse cenário, o sistema corta completamente ou quase completamente o fornecimento de combustível para os cilindros. Ou seja, o consumo de combustível é praticamente zero.
Quando você coloca o carro em ponto morto, mesmo em uma descida, a injeção eletrônica interpreta que o motor está em marcha lenta e precisa de combustível para se manter funcionando. Assim, ela continua injetando uma quantidade mínima, mas constante, de combustível.
Conclusão: Nos carros modernos com injeção eletrônica, colocar em ponto morto em descidas não economiza combustível, e, na verdade, faz o carro consumir mais. O consumo, mesmo que mínimo, será contínuo, enquanto que engrenado o consumo pode ser zero.
Além da Economia: Segurança e Desgaste
É fundamental ressaltar que, além da questão do consumo, dirigir em ponto morto oferece grandes riscos à segurança e pode causar desgaste desnecessário em componentes do veículo:
Segurança: Ao descer em ponto morto, você perde o freio motor, que é a resistência natural do motor ao girar. Isso sobrecarrega os freios convencionais do carro, fazendo com que eles trabalhem mais, aqueçam excessivamente e possam perder a eficiência (fenômeno conhecido como "fading"), aumentando o risco de acidentes. Além disso, a falta de controle do veículo é maior em ponto morto, dificultando manobras de emergência.
Desgaste: O uso excessivo dos freios leva a um desgaste prematuro das pastilhas e discos. Em carros com câmbio automático, colocar em neutro em descidas pode até mesmo causar problemas na transmissão devido à falta de lubrificação adequada.
Infração de Trânsito: De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), transitar com o veículo desligado ou desengrenado em declive é uma infração média, sujeita a multa e pontos na CNH.
A Verdade Definitiva
A prática de colocar o carro em ponto morto para economizar combustível é um mito para os veículos modernos com injeção eletrônica. Para economizar de verdade e dirigir com segurança, o ideal é manter o carro engrenado e utilizar o freio motor em descidas.
Ficou claro o porquê de essa prática ter mudado com a evolução dos carros?
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